sexta-feira, novembro 24, 2006

Ainda sem nome.

Em meu peito mora um inverno de sertões e secas.
De frio, gelo e sol escaldante.
Um homem de chapéu branco passeia cá dentro,
E canta a lira, e produz espasmos ululantes!
Tudo fica como se eu estivesse só.

Em meu peito habita um deserto de multidões e seitas.
De muita gente, alguém e coisa nenhuma.
Um homem de chapéu branco abandona a casa,
E me despetala:
Sou rosa pálida em agonia.

Em meu peito grita um inferno de compaixão e mágoa.
De boas risadas e grande chama de dor.
Um homem de chapéu branco ascende a angústia,
Clama beijos fartos e me faz calor.

O meu peito: morada dos homens.
Os meus homens: fábrica de amor.

Nenhum comentário: