Terei eu
- Pobre mulherinha líquida -
O direito de morrer ardente
Como morre o mar na praia?
Terei eu este escandaloso acabamento:
Beijando os pés dos meus homens,
O som de minhas ondas como lamento,
Ameaçando de vida meu último suspiro?
Quero o espancamento!
Morrer abraçando cruzes
Fincadas no deslumbramento.
E ser um bicho fêmea:
Pranto e gozo feitos de água,
Qualquer corpo no estado líquido,
O desejo de morrer assim,
Suado e bonito. Assim,
Como, na praia, morre o mar
- Em um galope oblíquo não saber ao certo
se quer morrer ou matar.
quinta-feira, junho 05, 2008
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6 comentários:
"Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel
Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra."
Hilda.
Lembrei, mais uma vez, de você :)
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amiga do Rei
Terei o homem que quero
Na cama que escolherei.
É que às vezes entra a vontade de ser tudo e nada ao mesmo tempo, ser inteiro nos sentimentos, não sei. :~
intenso. me gusta.
xêro
Líquida como suor, firme como músculos e sensual como Amado.
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Muito bom pô.
Babando litros!
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