Compreenda as minhas divagações.
Pois vivo,
co'a liquidez com que vivem as mulheres,
solta em tuas veias.
Cambaleio aqui,
cambaleio ali,
e - malandramente - escapulo de ti:
peço que compreendas as noites
imensas que há em mim.
Compreenda se hoje eu faço
do teu corpo o meu lar,
e amanhã engulo, faminta,
as delícias da fuga
(é que algo sem rosto me apavora toda):
defendo-me trazendo à superfície
o Monstro Da Lagoa;
defendo-me tentando distrair o paladar.
Monto em meu próprio dorso, e vou!
Pois temo ser castigo
e, assim, ser castigada...
Me assombra ser o ser amado
- compreenda: não fujo daquilo que és,
mas daquilo que sou ao teu lado.
segunda-feira, janeiro 26, 2009
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4 comentários:
Bichaaaaaaaaa, a senhora abalouuuuu com essa, visse. Lindo demais!
eu senti falta da tua palavra, prêta.
"Me assombra ser o ser amado
- compreenda: não fujo daquilo que és,
mas daquilo que sou ao teu lado. "
Muito bonita essa parte,
tu soube unir o sentimento certo
e a rima certa. Essa coisa de voce se achar um monstro em determinada relação é muito real mesmo. Muito bonito o texto.
hoje, minha noite foi perfeita com você de longe...
depois desse poema, meu dia tornou-se perfeito... sentindo você bem perto.
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