domingo, fevereiro 11, 2007

Desvairada

Invado a minha própria alma
- costumo seguir os caminhos mais brutos.
Gosto demais do beijos sem amor
- prefiro morrer de fome a morrer de dor.

Sou louca instável,
e tardo dentro de algumas pessoas.
Amanheço inquieta mendiga,
demoro e arranco carícias boas.

Mas homem sem mim vive melhor
- para quê, para quê a insônia
e todos os alardes que provoco?
Para quê os poetas endiabrados que invoco?

Coisas sem mel
- não sendo assim, sou gato morto.
Sentimentos sem pés
- sou mulher aflita, sou anjo torto.

Fuja de mim antes que eu encarne
- subitamente me alucino!
Sonho vadio: longe do chão;
amo pequeno: perto da carne.

Sou pecado e pecador
- sou fraca.
Viva por você, sem luto.
Eu só sei fazer sofrer,
eu machuco.

Um comentário:

Anônimo disse...

esta é toda ela!