quinta-feira, julho 01, 2010

Somente com a voz do que há por dentro,
eu gritei (muda): "Eu preciso aprender o amor".
E tentei. Tentei aprendê-lo nos olhos
- há nos olhos um coração que enxerga mundos -,
mas através deles,
nada além do que eu já sabia sobre horizontes
me foi ensinado.
Tentei aprendê-lo na pele
- há na pele um coração que arde -,
mas através dela,
nada além do que eu já sabia sobre febre
me foi ensinado.
Tentei aprendê-lo no peito
- há no peito um coração que vive em tudo quanto é coisa -,
mas através dele,
nada além do que eu já sabia sobre vida
me foi ensinado.
Teimei em aprendê-lo no ventre:
ainda não aprendi. Porém, misteriosamente,
foi somente no breu do ventre que ele me foi revelado.

9 comentários:

Anônimo disse...

que lindo Man.
te amo ainda mais quando te leio porque, sometimes, só assim te decifro e te sinto inteira!!! Paula

Fred Delgado disse...

Depois de muito tempo recebi o przer de te ler de novo. :]

:*

Luciana Marinho disse...

tão belo, belo... de me deixar suspensa.

Marina Moura disse...

bonito demais.

Marina Suassuna disse...

"...só assim te decifro e te sinto inteira!!!" idem.

Natália Nunes disse...

maravilhoso!

Natália Nunes disse...

amanda, seu escrito foi tão grande em mim que o postei no meu blog. espero que não se importe.

Fernando Farias disse...

Sejas bem vindo Bento. Muita luz

Rubinho disse...

Eu já suspeitava e já haviam me dito, mas só agora constatei... Você escreve deliciosamente bem.

Parabéns por tudo.

Um cheiro do Prof. Hamilton