Disseram, num sorriso,
que um dia eu seria presa
por excesso de liberdade.
Talvez quisessem dizer
o que agora eu sinto
- a liberdade apaga
a libertação que eu pinto.
Vês em mim ave que beija céu,
mas não minto:
no fundo, sou escrava
da minha própria vadia
e beijo a boca do inimigo.
Também sou água
(Por fora, pareço escorrer;
mas por dentro, apenas pingo).
Meu segredo:
a liberdade, essa mentira,
costuma aprisionar sorrindo.
quarta-feira, fevereiro 04, 2009
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